Com o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa a aproximar-se (3 de maio), dezenas de jornalistas permanecem presos na Turquia. Este ano são confrontados com um perigo particular, que ameaça o seu direito à vida: a pandemia COVID-19. A 21 de abril, a Turquia confirmou oficialmente 95591 casos e um total de 2259 mortes. O ministro da justiça anunciou que o vírus já se começou a espalhar atrás das grades. O AKP e o seu aliado nacionalista MHP aprovaram recentemente um projeto de lei para aliviar as prisões do país notoriamente sobrelotadas e anti-higiénicas como resposta ao surto e para reduzir o risco de infeções em massa nas prisões. Contudo, o projeto de lei excluiu a maioria dos jornalistas presos, já que excluiu especificamente crimes “relacionados com terrorismo” do seu alcance. Além disso, o governo não endereçou aqueles em prisão preventiva.
Por favor considere apoiar um destes prisioneiros políticos ao divulgar um vídeo no dia 3 de maio. Agradeceríamos muito se se pudesse apresentar e expressar a sua demanda de libertação.
Turay, um repórter da agência de notícias pró curda de Dicle (DİHA), que foi encerrada por um decreto de emergência após a tentativa de golpe de julho de 2016, foi condenada em setembro de 2018 a nove anos de prisão por acusações relacionadas a terrorismo, após uma prisão preventiva de mais de dois anos.
Ele está preso desde maio de 2016.
Primeiramente encarcerado a 23 de setembro de 2016, foi acusado de enviar “mensagens subliminares” para encorajar um golpe a julho de 2016 na Turquia. A 4 de novembro, 2019, foi condenado a 10 anos e 6 meses na prisão por “ajudar um grupo terrorista” através das suas publicações.
Memiş, o ex-coordenador de notícias do site Haberdar, foi condenado em março de 2018 a sete anos e seis meses na prisão por “pertencer a uma organização terrorista.” Tem sido mantido atrás das grades desde julho de 2016.
Böken, um ex-executivo do canal estatal de notícias TRT da Turquia, foi condenado em abril de 2018 a nove anos e nove meses na prisão por “pertença a uma organização terrorista.” Está preso desde agosto de 2016.
O ex-colunista do diário fechado Zaman foi condenado em novembro de 2018 a 19 anos e seis meses de prisão por “fundar e liderar uma organização terrorista armada.
Está encarcerado desde agosto de 2016.
Foi detida a 3 de agosto de 2016, enquanto estava na Universidade de Ankara, onde estudava direito. Foi presa a 11 de agosto de 2016 e condenada a 7 anos e 6 meses de prisão por “pertença a uma organização terrorista”, devido aos seus relatos e publicações nas redes sociais.
Pehlivan foi encarcerado em março de 2020 devido a uma reportagem sobre um oficial da Organização Nacional de Inteligência (MİT) que foi morto na Líbia.
Está em prisão preventiva e, por isso, incapaz de beneficiar da lei de libertação prematura.
Terkoğlu foi preso em março de 2020 devido a uma reportagem sobre um oficial da Organização Nacional de Inteligência (MİT) que foi morto na Líbia.
Está detido em prisão preventiva e incapaz de beneficiar da lei de libertação antecipada.
Detida a 29 de julho de 2016, foi condenada a 6 anos e 3 meses de prisão a 8 de março de 2018 por “pertencer a um grupo terrorista”, devido ao seu trabalho no jornal Zaman, que foi encerrado.
Preso a 5 de agosto de 2016, o designer gráfico Yazıcı foi julgado pelo seu emprego no jornal
Zaman, que foi encerrado por um decreto de emergência após a tentativa de golpe de julho de 2016.
A 16 de fevereiro de 2018, foi condenado a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional por “tentar, através de violência e força, perturbar e substituir a ordem constitucional.”
Jornalista e colunista chefe da revista Türk Solu (Esquerda turca), Çulhaoğlu foi detido a 3 de setembro de 2016 por “pertença a uma organização terrorista” e condenado a 6 anos e 3 meses de prisão em março de 2018.
Avcı foi detido a 26 de agosto, 2016. Foi julgado por “pertencer a uma organização terrorista” e “espalhar propaganda terrorista para uma organização terrorista”, com base nas suas publicações.
Embora tenha sido libertado aguardando julgamento no terceiro ano da sua prisão preventiva, foi novamente preso um dia depois, a 14 de setembro de 2019, após uma campanha de difamação de larga escala nas redes sociais.
Karaca foi condenado em junho de 2018 a uma pena de prisão perpétua por uma série de acusações relacionados com terrorismo.
Tem estado atrás das grades desde dezembro de 2014.
Kılınç foi detida em março de 2020 devido a uma reportagem sobre um oficial da Organização Nacional de Inteligência (MİT) que foi morto na Líbia.
Está em prisão preventiva e não é capaz de beneficiar da lei de libertação antecipada.
Detido a 2 de março, 2015, devido à sua reportagem, foi condenado com “pertença a um grupo terrorista”, entre outros.
Enfrenta quase mil anos por trás das barras, por dezenas de casos diferentes.
Foi detido a 5 de agosto de 2016. Como muitos outros que escreveram para o jornal Zaman, foi condenado devido a acusações relacionadas com terrorismo, com base nas suas publicações.
Está agora a servir uma pena de 10 anos e 6 meses.
Colunista para o diário Yeniçağ, Ağırel foi preso em março de 2020 por relatar sobre o oficial da Organização Nacional de Inteligência (MİT) que foi morto na Líbia.
Está em prisão preventiva e é incapaz de beneficiar da lei de libertação prematura.
Ex-correspondente do jornal Zaman na Ankara, Ünal foi condenado a 10 anos e seis meses na prisão em julho de 2018 por “ser membro de uma organização terrorista.”
Está aprisionado desde julho de 2016.
Repórter da Agência de Notícias pró-Kurda de Dicle (DİHA), Türfent foi condenado em dezembro de 2017 a oito anos e nove meses na prisão por “pertença a uma organização terrorista”, com base em testemunhos.
Está atrás das grades desde maio de 2016.
Repórter para a Rudaw TV, acabou de ser detido aguardando julgamento em março de 2020. Como está em prisão preventiva, não pode beneficiar da lei de libertação antecipada.
Ex-presidente universitário e colunista, Laçiner foi condenado em setembro de 2018 a nove anos e quatro meses na prisão por “pertença a uma organização terrorista.”
Está atrás das grades desde julho de 2016.
Tanık foi condenado em março de 2018 a sete anos e seis meses na prisão por “pertencer a uma organização terrorista.”
Está atrás das grades desde janeiro de 2017.
